quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

"Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.
Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor
Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada."
Miguel Torga

2 comentários:

David Sardinha disse...

Já li este poema vezes sem conta e ainda assim parece smp a primeira vez . Dá-me smp a sensação de uma dor surda .

É só o meu poema favorito :)
beijo

Fábio Marcelino disse...

Já conhecia o poema.
É um poema muito bom e então com aquela última frase, epá.. sem palavras.

bjs ;)

 

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